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Dicas e causos das principais cidades Européias dos países listados:

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SEMPRE HAVERÁ PARIS...

Sempre guardo algumas frases de cinema. Mania mesmo, acho que “puxei” isso do meu pai. Lembro de algumas épicas como “Todos os homens morrem, mas poucos homens vivem” (Coração Valente), "O que fazemos em vida, ecoa na eternidade" (O Gladiador) e por aí vai... Mas uma de que nunca me esqueci é de quando, no filme Casablanca, o mocinho Rick (Humphrey Bogart) diz para a mocinha Ilsa (Ingrid Bergman) “Sempre haverá Paris” e se despedem na última cena (sem o beijo!). E As time goes by vai tocando ao fundo...

Foi com essa imagem que desci em Paris, França. Era uma das viagens mais esperadas por mim. Paris... Há cerca de um mês comprei uma barganha pela Ryanair por 36 euros (ida e volta, hein?). Como já disse, a maioria dos aeroportos da Ryanair ficam distantes e, portanto, é sempre preciso pagar o transporte que na maioria das vezes não sai por menos que 20 euros. Em Paris, a Ryanair vai para o Aeroporto Beauvais que fica 1h15 da cidade. O ticket do ônibus para o centro de Paris sai por 26 euros (ida e volta).

Fiquei na casa de uma amiga, na Cité Universitaire (um condomínio em Paris para estudantes de vários países). Bom, mas como cheguei cedo, nos encontramos perto da parada do ônibus e de lá partimos direto para o Arco do Triunfo e Champs-Élysées.

arcoO Arco do Triunfo foi feito em 1836 por Napoleão para celebrar suas vitórias. Ele é o centro do encontro de 12 avenidas, é muito movimentado, os motoristas ficam loucos! Existe um museu dentro do Arco também, mas não entrei. Na quinta minha programação foi reservada especialmente para o... Louvre! Mas antes descemos a Champs-Élysées andando, afinal é a avenida mais famosa do mundo! Fui vendo suas lojas “chiques” e cafés. Ela termina no Arco e começa na Praça de La Concorde (Place La Concorde. Leva uns 20 minutinhos para percorrer toda a avenida).

A Praça de La Concorde é a maior de Paris, com um obelisco vindo do Egito no centro e duas belas fontes ao lado. As luminárias da praça são lindas também...

Ao atravessar a praça de La Concorde já estamos no Jardin des Tuileries. É uma praça extensa também, toda arborizada, que liga ao Louvre e ao Arc de Triomphe du Carrousel - um monumento parecido com o Arco da Champs-Élysées, mas menor. Existem muitas cadeiras ao redor da praça e no verão o lugar fica lotado, todo mundo em "busca de um lugar ao sol".

place

Corri um pouco para chegar ao Louvre logo, não podia esperar o momento de entrar. Comprei meu ticket ( 9 euros para estudante, mas gratuito para os da União Européia e menores de 25 anos) e fui visitar a primeira parte que me interessava, a egípcia... O Louvre é imenso. São três alas denominadas Sully, Richelieu e Denon, mas cada uma delas com subdivisões até a parte subterrânea. Vi uma vez que se uma pessoa quiser visitar todo o museu olhando por pelo menos cinco minutos para cada obra, isso levaria mais que 365 dias... Bom, não sei até onde isso é verdade, mas que seria um bocado de tempo isso seria. A ala mais visitada é Denon, pois lá estão as pinturas francesas mais famosas, a La Gioconda (Monalisa), Vênus de Milo e a exposição egípcia. Na minha programação eu incluí a parte egípcia, as pinturas francesas e italianas e as obras gregas. Ainda tive tempo de ir nas outras alas ver um pouco das outras obras.

À noite eu sai do museu e tirei algumas fotos do lado de fora. Não ficaram muito boas. Essa é a parte ruim de viajar sozinha... Na hora das fotos, se eu quiser aparecer, é um dilema, mas eu descobri algo infalível! Se você precisa de uma boa foto, que enquadre você (e o monumento, claro) peça para um turista japonês. Eles sempre estão com uma câmera na mão e adoram medir, enquadrar, focar... É muito engraçado como eles realmente se divertem. Ao sair do museu encontrei duas brasileiras do Rio: a Patrícia e a Priscilla. Conversamos um pouco... Elas moram em Londres e estavam passando uns dias em Paris. Fomos juntas até o Arco do Triunfo, pois diariamente, às 6h30 da noite, é acesa uma chama em homenagem ao Soldado Desconhecido. E foi lindo! O Arco iluminado é magnífico.

paris

No segundo dia quase que morro! Andei o dia todo, mas foi muito bom. Eu e minha amiga saímos bem cedo para encontrarmos com algumas amigas que vieram do Brasil. Nos encontramos com o pessoal no Hôtel de Ville, hoje a sede municipal de Paris .

Depois fomos para a Notre Dame. Talvez essa seja a catedral mais famosa do mundo. Em estilo gótico, demorou mais de 170 anos para ser construída e tem os vitrais mais lindos que já vi. São muitos detalhes em tudo lá dentro, mas a igreja perdeu o ambiente sereno, porque o número de turistas é enorme. Não existe silêncio e a “magia” que eu achei que fosse encontrar em Notre Dame eu não encontrei por isso. Mas é bonita e vale a pena sim ser visitada.

Saint Michel
Saindo de Notre Dame fomos para Saint-Michel, uma região logo do outro lado do Rio Sena. É uma área boêmia, com muitas livrarias e cafés. Achei um bebedouro público na rua! Muito legal.

Pantheon/Pêndulo de Foucault
Foi uma igreja construída a pedido de Luís XV, mas que virou um mausoléu na Revolução Francesa. Lá estão enterrados Voltaire, Victor Hugo, Marie Curie... O mausoléu fica na parte de baixo. Em cima está o Pêndulo de Focault, uma bolinha dourada pendurada no alto do domo que mostra o movimento que a terra faz! Focault o criou para provar esse movimento.

Jardin du Luxembourg
O Jardin du Luxembourg é um parque público que fica em Saint-Michel, em frente ao Pantheon. Estava lindo no outono... As folhas das árvores caíram e o chão estava dourado. No centro do parque fica o Castelo de Luxemburg. Só cuidado com os pombos! Dois tentaram roubar minha baguete!

Place Vêndome
Minha programação incluía a Ópera Garnier nesse mesmo dia, mas quando cheguei lá descobri que o horário seria até às 16h40. Como Place Vêndome estava no meu roteiro e fica perto, decidi ir para lá de qualquer forma. Na praça estão as joalherias e bancos mais famosos do país, mas um outro interesse me levou à esse lugar. Foi o endereço de Chopin. Meu pai ia “morrer” quando soubesse, rs.

Por fim, fui ao Museu das Armas e Invalides. É um complexo onde está o túmulo de Napoleão Bonaparte. Depois chegou a vez da Torre Eiffel. Vê-la à noite é uma oportunidade imperdível, pois ela se ilumina em hora cheia. Não tive dúvida de que é o monumento mais visitado do mundo, pois o que tinha de turista ao pé da torre não foi brincadeira. Uma dica? Desça primeiro na estação de Trocadero, pois de lá se tem a melhor vista da torre. Depois venha andando em direção ao monumento...

A cidade sem lixeiras
Em Paris todas as lixeiras são feitas de uma armação de ferro com um saco de plástico transparente para que se possa ver o conteúdo. Em alguns lugares, como na Champs-Élysées, não existem lixeiras... Isso por que as autoridades temem atentados terroristas. No Metrô também são deixados avisos para que os passageiros fiquem atentos aos pacotes deixados no trem, pois podem conter explosivos. Medo... Bom, eu fiz minha parte e joguei todos os meus saquinhos de MC Donald’s fora da estação, rsrs. Se lembro bem até os fiz em picadinhos. Me lembrei do Jean Charles...

paristorreBom, no sábado visitei o Palácio de Versailles e Ópera Garnier. Depois ainda fui ao Cemitério de Père-Lachaise. Lá estão os túmulos de personalidades como Rossini, Oscar Wilde e Jim Morrison, mas eu fui visitar Allan Kardec. Depois fui para a Sacre Coeur (Basílica do Sagrado Coração). Ela fica no ponto mais alto de Paris, na montanha de Montmartre. Depois fui andando para o Moulin Rouge, já era noite e foi possível ver tudinho iluminado... No Moulin Rouge conheci o Roberto, um carioca, a Ana (peruana) e a Marcela (colombiana). A Ana e Marcela moram em Barcelona. Ficamos conversando em um barzinho no bairro Pigalli (esse é o bairro que foi reduto dos artistas, prostitutas e pintores). À noite ainda tive tempo para uma festinha na Cité Universitaire (Cidade universitária), onde minha amiga-anfitriã mora. Mas antes comemos Camembert e tomamos vinho francês. Ela disse que se você foi a Paris e não comeu Camembert, você não foi a Paris.

No domingo cedo fui ao parque Parque Montsouris, ao lado da Cité Universitaire. É um parque muito verde com umas esculturas em estilo grego, tudo muito lindo. Depois fui para a Torre Eiffel, pois reservei o domingo para subir no topo. Demorei três horas para subir! Uma dica?!? Não vá nos finais de semana... E olha que não era verão! Fiquei uma hora e meia na fila e depois uma hora e meia esperando no segundo andar da torre para subir para o último piso. É bem cheio. Mas valeu a pena, pois Paris é linda do alto. É branca... Depois ainda tive um tempinho para ir na Praça da Bastilha.

Paris é cheia de turistas, busy todo o tempo e linda a cada passo. Ufa! Ainda bem que “sempre haverá Paris..."

Au revoir!

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